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Quem manda aqui sou eu!

Acho que toda vez que esta frase precisa ser usada a coisa vai mal, mas vamos começar essa conversa do começo.
Lá está você quando de repente o pequeno via daqui, enche  paciência de lá, mexe no que não deve, fura todos os acordos e começa aquela confusão. É a criança respondendo daqui, você respondendo dali, e a criança fala, você responde, a confusão está daquele jeito e você apela: Quem manda aqui sou eu!
Lamento informar, mas neste momento você não está mais mandando em nada, nadinha.
Por mais que as crianças hoje pareçam muito evoluídas em alguns assuntos, ainda estão em formação, e seus sentimentos e a forma como compreendem o mundo também estão em formação.
Tente explicar para a criança como você se sente, que a forma como está falando te deixa triste, fale sobre os seus desejos e sentimentos também, diga que está cansado, que trabalhou e seu corpo precisa de descanso, que você desejava não ter que brigar nem com ele/a nem com ninguém, que também deseja receber amor e precisa de carinho.
Converse. Diga o que sente. Seja sincero e respeitoso.
A forma como você explica os seus sentimentos ajudará o/a pequeno/a  a nomear os sentimentos dele/a também, e, principalmente, ninguém ficará sem entender o que o outro precisa.
Ah, vale lembrar que as conversas podem ficar melhores quando olhamos nos olhos de nossos interlocutores.  Procure estar na mesma altura que o pequeno quando forem conversar, abaixe, sente-se.
Cuidado, carinho, respeito, troca, isso é muito mais legal do que mandar, e pesa menos também.
Deixa essa fama de durão/durona de lado e abre o coração. Dizer como nos sentimos pode ajudar a abrir um novo mundo de possibilidades onde nem imaginávamos.
Quem manda aqui é o amor!
Que tal colocar um colchão na sala, um filme, pipoca,  fazer uma cama grande, com todo mundo juntinho?
Aquele abraço,

Por Laura Cristina Ferreira

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