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Mostrando postagens de novembro, 2016

Shiiiii...e os silêncios

Nada. Nenhum barulho. Silêncio. Silêncio de dentro e de fora da gente. Parece que nunca mais viveremos a deliciosa sensação do silêncio, ou pelo menos aquela alegria de estar no banho e ninguém abrir a porta ou ficar batendo sem parar como se o mundo estivesse acabando: -Mãe! Mãe! Mãe! - O que é? Seja qual for a resposta, tenho a certeza de que o mundo não estava acabando e aquela alegria de silêncio por 2 minutos, já era! O barulho acompanha as rotinas: sons de brinquedos barulhentos, o desenho animado na televisão, o choro, a panela de pressão, os carros lá fora, a vizinha, as mil e quinhentas vezes que o pequeno chama. E mesmo quando o barulho não vem de fora, a sensação é de que o tem muito barulho dentro. O tempo inteiro alguma coisa vem à cabeça e fica “barulhando”: precisa comprar fruta, marcar dentista, comprar remédio, lembrar de escrever na agenda, preparar a lista de aniversário. O barulho de fora e de dentro, sem parar. A maternidade/paternidade traz uma ...

Quem manda aqui sou eu!

Acho que toda vez que esta frase precisa ser usada a coisa vai mal, mas vamos começar essa conversa do começo. Lá está você quando de repente o pequeno via daqui, enche  paciência de lá, mexe no que não deve, fura todos os acordos e começa aquela confusão. É a criança respondendo daqui, você respondendo dali, e a criança fala, você responde, a confusão está daquele jeito e você apela: Quem manda aqui sou eu! Lamento informar, mas neste momento você não está mais mandando em nada, nadinha. Por mais que as crianças hoje pareçam muito evoluídas em alguns assuntos, ainda estão em formação, e seus sentimentos e a forma como compreendem o mundo também estão em formação. Tente explicar para a criança como você se sente, que a forma como está falando te deixa triste, fale sobre os seus desejos e sentimentos também, diga que está cansado, que trabalhou e seu corpo precisa de descanso, que você desejava não ter que brigar nem com ele/a nem com ninguém, que também deseja receber am...

Ufa!

A sensação é que já acordamos devendo. Devemos uma hora na pracinha, dez minutos de conversa com a professora do pequeno, meia hora de café com a melhor amiga, quinze minutos de telefone com a mãe, duas horas de academia, um bendito relatório para o trabalho, uns minutinhos com seu amor, unha, cabelo, mercado. Não é que “parece” haver muita coisa a fazer, de fato há muita coisa a fazer! A cada dia que passa a sensação é que as horas diminuem e com elas sua lista de dívidas só aumenta: chefe, escola, academia, sua mãe. Ai, que vontade de gritar! Vou dizer uma coisa que vai parecer dura, mas na verdade você já sabe: você não vai dar conta de tudo! Respira fundo e eu digo de novo: você não vai dar conta de tudo, mas está tudo bem. Na verdade ninguém dá conta de tudo, tudo, tudo. Na vida adulta precisamos fazer escolhas. Fazer escolhas significa que deixaremos de fazer algumas coisas, no entanto é importante atentar para COMO fazemos as nossas escolhas, o que priorizamos...

Bater ou não bater: eis a questão.

Não bater. Não se bate em amigo, não se bate nas pessoas, nem se batem portas de casa, de carro, nem de geladeiras. Não. Não podemos também fingir que isso não acontece ou que tenha deixado de ser prática comum. Bater em filhos parece a forma mais rápida de evitar que permaneçam fazendo algo errado. Mas depois de bater é necessário encarar o pequeno te olhando lá debaixo com cara de susto, os olhos molhados, o choro, a raiva e os gritos que podem vir depois. Sempre acho que depois de bater aparece outro problema para resolver, então nunca acho que bater soluciona , porque acaba apresentando uma nova coisa que precisa ser resolvida e isso vira um ciclo sem fim de tristeza, raiva e frustração: na mãe/pai e no filho. Quando estamos na vida, lá fora de casa, nas nossas relações externas aos filhos, exercitando nossa paciência com um monte de coisas e algo nos aborrece, o que fazemos? O que você faz quando alguém não faz o que você quer? Cada pessoa tem uma forma diferente de vive...