Pular para o conteúdo principal

Postagens

DIÁLOGOS PSI - Café e Conversas

Diálogos Psi é um encontro para psicólogos e demais profissionais das áreas Psi para trocas de experiências, ideias e insights. Nosso primeiro encontro será dia 02 de novembro, o primeiro sábado do mês, às 10 horas, no Núcleo 20, na Tijuca, Rio de Janeiro.  Por aqui acreditando que as trocas profissionais podem ser terapêuticas, especialmente quando construídas num ambiente onde a crítica é menos ativa, abrindo espaço aos acolhimentos e afetos. A proposta é simples: nós abrimos as portas e preparamos o café, os convidados trazem os itens para compor a mesa de café da manhã e as palavras para as trocas. Simples assim. Acreditamos que um bom encontro pode ser rico, gratificante e potente para produzir saúde, leveza ao processo de construção da clínica, gerar discussões, estudos e descobertas, internos e externos. Apareça e traga suas ideias para trocar. Mais informações: contatonucleo20@gmail.com (21)982205184 
Postagens recentes

"A casa amarela da rua da madrinha" - Resenha de Livro Infantil

Muitas ideias podem surgir de uma janela, você ainda se lembra? No dia do aniversário o presente é a esperada visita à casa da madrinha, numa rua colorida em meio aos tons cinza das grandes cidades. Uma poltrona, uma janela e muitos pensamentos acompanham o dia de comemoração, enquanto a mãe trabalha. Os pensamentos voam como passarinhos até a casa amarela, repleta de futuros, alegrias, sonhos, uma tartaruga e um cachorro.   Sonhos, impossibilidades, descobertas, limites, sonhos, planos, lágrimas. Um mundo de sensações atravessa nosso encontro nesse dia de comemoração. Ouvir “não”. Compreender os próprios erros. Entender os limites e possibilidades de cada momento. Respeitar as possibilidades dos pais, do tempo. Ter sonhos de aniversário, ficar triste e depois feliz, e depois o inverso e outra vez de novo. Cenas cotidianas dos grande centros marcam a história e convidam a uma busca por passarinhos e cores em nossos caminhos diários. Um livro de muitas possibilidades...

"Diário de Pilar" - Resenha de livro infantojuvenil

Sobre as delícias e descobertas de “Ler com” trazemos hoje “Diário de Pilar”, escrito por Flavia Lins e Silva, ilustrado por Joana Penna e publicado pela editora Pequena Zahar. O “Diário de Pilar” é uma coleção de seis livros:   Diário de Pilar na Grécia, Diário de Pilar na Amazônia, Diário de Pilar no Egito, Diário de Pilar em Machu Picchu, Diário de Pilar na China e Diário de Pilar na África. Pilar é uma garota cheia de imaginação que se envolve em aventuras pelo mundo e pelo tempo com seu melhor amigo, o Breno, e seu gato, o Samba. Pilar é cheia de sonhos, ideias, criatividade, imaginação, coragem, olhos e coração muito gentis. A escrita de Flavia nos envolve misturando conhecimento, afetos, aventuras e descobertas sobre culturas e histórias de outros tempos e lugares. O livro é escrito em páginas pautadas numa edição cuidadosa que nos aproxima de Pilar e de seus registros em diário. A ilustração de Joana deixa os personagens e seus caminhos mais próximos, auxiliando o ...

"A fabulosa morte do professor de Português" - Resenha livro infantojuvenil

Conteúdo publicado em Palavralida: Dando seguimento às conversas e histórias para “LER COM”, apresentamos “A fabulosa morte do professor de Português”, um livro de Lourenço Cazarré, ilustrado por Negreiros e publicado pela editora Autêntica. O professor de Português, Severino Severo, todo seu rigor e humor pouco convidativo, assombram os personagens dessa história, afinal, cada um deles havia sido seu aluno em algum momento, sofrendo com as severas (rs) condições do professor. A história é contada por Mariana, escalada pela diretora da escola a escrever sobre a inauguração de uma livraria na cidade para o jornal da escola. Logo de início ela encontra Tédio, que será seu parceiro nas confusões por vir. Entre o “convite” da diretora e a fabulosa morte, muitas descobertas e perguntas acontecem. O livro apresenta personagens bem marcados, com características físicas e comportamentais bem detalhadas, muitos diálogos e uma ilustração que apoia a construção do leitor. Os capít...

Semeando, depois de Zélia.

Depois do encontro com Zélia, no livro “infantil” que leva seu nome como título, fique provocada sobre as formas como estamos escutando.  Aliás, essa já era uma questão a me acompanhar, dentre tantas outras que também lhe fazem companhia. O que ouvimos? O que temos feito com o que temos ouvido? Por que achar que temos (sempre) de fazer alguma coisa com o que ouvimos? Deixar que o que vem do outro nos toque. Deixar que o tempo passe entre o que temos e o que o outro traz. Permitir que o tempo aja, movimentando o que havia em nós para finalmente encontrar a transformação que o outro provoca. Afetar precisa de tempo. Afetar-se depende de permitir ao tempo, tempo. O que surgirá do encontro com o outro não há como prever, calcular, contabilizar. É um risco. Não há certezas do que virá. Em troca da escuta oferecida por Zélia, as pessoas lhe oferecem sementes. Zélia escuta e recebe sementes. Sementes podem permanecer sempre sementes, depende do que agirá sobre elas. N...

"Zélia" - Resenha de livro infantil

Resenha publicada em Palavralida: “Zélia Escuta. (...) As pessoas se sentem aliviadas de suas dores; elas retornam mais leves. Em troca, oferecem uma pequena sementinha à Zélia.” Zélia é um livro de fazer carinho na gente enquanto nos conta sobre o encontro entre Zélia, Júlio e o tempo. Uma senhora aos domingos senta-se em um banquinho e se disponibiliza a escutar as angústias dos moradores da cidade. Eles falam em seu ouvido. Zélia escuta. Eles lhe deixam uma sementinha. Zélia guarda as sementinhas e sabe que pode fazer muito com cada uma. Com as sementinhas recebidas, ela sai a caminhar. Diferente de como costumamos andar pelo mundo, Zélia observa, caminha em seu tempo, encontra pessoas e as vê. Zélia encontra. Zélia oferece. Zélia recebe. Cada coisa no seu tempo. Tempo que ela conhece muito bem, pois andam juntos. O texto gentil, simples e profundo, emociona e convida a desacelerar. A linda ilustração nos conduz no encontro com os personagens. Conversas sobre o tempo que pas...

Assim ou de outro jeito?

Num canto por aí, numa conversa sobre futuro, adultos perguntavam às crianças o que queriam ser quando crescessem.  - Médica. – disse uma. - Professor. –  disse outro. Pais sorridentes (ou irônicos) debatiam com as crianças sobre a rentabilidade das escolhas, orientando o que deveria ou não ser uma melhor saída para o futuro, até que uma resposta surpreende o grupo: - Quando eu crescer quero ser uma mãe! – exclamou uma pequena. - Mãe? Mãe não é profissão. – negou um adulto. - Você tem que ser mãe e ter um trabalho. Mãe não é trabalho! – sentenciou outro adulto. - Não! Eu vou ser uma mãe, igual à Ana. – insistiu a menina, e enquanto apontava para Ana, concluiu: - Vou levar meus filhos na escola, vou passear com eles, ficar o dia todo com eles e vou ser legal igual a ela. – sorridente a menina olhava para Ana, que também sorria. Diferente dos adultos à sua volta, a criança conseguiu perceber o quanto de trabalho estava envolvido na profissão da Ana, reconhec...