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Coração, se apronta pra recomeçar...


Ser a melhor!

Gastar uma energia louca para ser a melhor: no trabalho, no amor, na malhação, na maternidade, na escola, na família.

Lutar dia a dia para superar os próprios  limites e conseguir mais: reconhecimento, dinheiro, sucesso, elogios.

Mas com o que competimos?

Qual é o parâmetro?

Como saber se ganhei?

Não sabemos nunca se está bom o bastante ou se ganhamos ou mesmo com quem ou com o que estávamos disputando. 

Essa é a armadilha. 

O corpo padece, endurece, pede ajuda e tempo para descansar. Queremos mais um pouco, mais um pouquinho que seja. De pouco em pouco, de mais um pouco em mais um pouco, gastamos tudo que temos.

Enquanto isso o coração bate ali, mas já não é como antes. Está mais duro, mais fechado, sente que já sofreu e agora decidiu que não quer mais sentir. Mas não é possível não sentir ou não estaria vivo e pulsando, então ele finge. Finge que não sente. 

Mas o que acontece com um coração que finge que não sente e um corpo que gastou?

Não se pode fugir pra sempre de sentir.

E, quando menos se espera, o sofrimento chega.

Sofrer é parte fundamental de estar vivo. 

Sofrer no corpo, na alma e no coração é preciso vez ou outra.

Mas sofrimento tem fim sim! Claro que tem!

A saída do sofrimento é a busca...

 A busca do que se sente, do que se deseja de verdade lá no fundo... A busca de pares, de parcerias... A busca de histórias antigas que nos fizeram muito felizes... A busca de sentido, de sentir.

Na busca é possível ver-se incompleto ainda, ou mesmo sem as habilidades necessárias para o que se almeja, ou mesmo que o caminho que deseja tomar é looongo ou cheio de obstáculos enormes, mas e daí? 

Você se  pergunta, como assim “e daí” ? 

E eu te respondo: Não faço a menor ideia, mas estou tentado descobrir. 


Aquele abraço,Laura 



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