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Mostrando postagens de 2018

Assim ou de outro jeito?

Num canto por aí, numa conversa sobre futuro, adultos perguntavam às crianças o que queriam ser quando crescessem.  - Médica. – disse uma. - Professor. –  disse outro. Pais sorridentes (ou irônicos) debatiam com as crianças sobre a rentabilidade das escolhas, orientando o que deveria ou não ser uma melhor saída para o futuro, até que uma resposta surpreende o grupo: - Quando eu crescer quero ser uma mãe! – exclamou uma pequena. - Mãe? Mãe não é profissão. – negou um adulto. - Você tem que ser mãe e ter um trabalho. Mãe não é trabalho! – sentenciou outro adulto. - Não! Eu vou ser uma mãe, igual à Ana. – insistiu a menina, e enquanto apontava para Ana, concluiu: - Vou levar meus filhos na escola, vou passear com eles, ficar o dia todo com eles e vou ser legal igual a ela. – sorridente a menina olhava para Ana, que também sorria. Diferente dos adultos à sua volta, a criança conseguiu perceber o quanto de trabalho estava envolvido na profissão da Ana, reconhec...

Como você anda olhando as coisas a sua volta?

É claro que o mundo está de cabeça para baixo. É claro que você está de saco cheio de um tanto de coisas, eu também estou, mas o que há por aí além do que conseguimos ver agora? Crescemos num mundo cheio de modelos e formatos certos e errados regulando tudo à volta: pode e não pode, vai e não vai, serve e não serve. Havia o modo certo de fazer as coisas (todas as coisas) e os outros modos, assim,   para dar “tudo certo” era “só” seguir o roteiro”, lado outro:   - Aguente as consequências! – exclamavam aos aventureiros e mais destemidos, soando como uma “pragas” sendo rogada. Com medo das tais consequências, muitos se desencorajaram diante do novo, do risco, da tentativa, do inédito, e seguiram o tal roteiro na esperança de que “tudo desse certo”. Isso não era verdade, mas demoramos a descobrir. Me lembro agora de Truman, personagem principal do filme “O Show de Truman”.   No filme somos convidados a acompanhar sua caminhada rumo à descoberta de um outro mundo, novo,...

Coração, se apronta pra recomeçar...

Ser a melhor! Gastar uma energia louca para ser a melhor: no trabalho, no amor, na malhação, na maternidade, na escola, na família. Lutar dia a dia para superar os próprios  limites e conseguir mais: reconhecimento, dinheiro, sucesso, elogios. Mas com o que competimos? Qual é o parâmetro? Como saber se ganhei? Não sabemos nunca se está bom o bastante ou se ganhamos ou mesmo com quem ou com o que estávamos disputando.  Essa é a armadilha.  O corpo padece, endurece, pede ajuda e tempo para descansar. Queremos mais um pouco, mais um pouquinho que seja. De pouco em pouco, de mais um pouco em mais um pouco, gastamos tudo que temos. Enquanto isso o coração bate ali, mas já não é como antes. Está mais duro, mais fechado, sente que já sofreu e agora decidiu que não quer mais sentir. Mas não é possível não sentir ou não estaria vivo e pulsando, então ele finge. Finge que não sente.  Mas o que acontece com um coração que finge que não sente e um corpo que...